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A emergência em cada indivíduo de seu lugar enquanto sujeito exige a intera‡Æo com um outro que também se reconhe‡a na dualidade, na incompletude que permite estabelecer uma rela‡Æo de alteridade. As formas de adoecimento psíquico caracterizadas como normopatia parecem se proteger do outro excessivamente intrusivo pelo cultivo da renega‡Æo da própria existência, vivendo o paradoxo de ser/produzir um semi-sujeito. Paralisados em eterna vigilância de seu espa‡o interno, esses sujeitos apresentam um grau diminuto de elabora‡Æo mental que se articula com um déficit da experiência subjetiva, de modo semelhante a outros distúrbios psíquicos frequentes na contemporaneidade. Dentre os objetivos deste trabalho, procuramos descrever e problematizar o conceito de normopatia, suas aproxima‡äes e afastamentos de outras modalidades psicopatológicas, caracterizar o manejo feito pelo analista/terapeuta no tratamento desses casos clínicos, e circunscrever o contexto social onde o sintoma normopático faz sentido, e que revela um valor oculto, típico da modernidade, que preconiza a independência total do indivíduo diante do mundo social vivido.

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Lucio da Silva, Gilberto
Mestre em Psicologia Clínica. Psicólogo clínico e jurídico. Especialista em Antropologia Urbana. Analista do Ministério Público de Pernambuco e psicólogo do Tribunal de Justi‡a de Pernambuco, onde atua no âmbito das políticas públicas voltadas à infância e juventude.

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