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A partir da percep‡Æo de que nÆo seria possível a manuten‡Æo do sistema colonial por muito tempo, a Fran‡a, segunda maior detentora de possessäes coloniais à época, desenvolveu uma estratégia de cessÆo gradual de liberdades político-administrativas a esses territórios. Além de reduzir os custos da metrópole, tal prática permite o estreitamento das rela‡äes com as elites locais, favorecido após a participa‡Æo de africanos na Assembleia Constituinte Francesa em 1945. Durante a transi‡Æo à independência, uma série de acordos foi firmada com os Primeiros Ministros das colônias envolvendo, principalmente, os âmbitos de defesa, recursos naturais e manejamento de áreas estratégicas, como comunica‡äes e energia, por exemplo. É interessante notar que boa parte desses acordos encontra-se em vigor. No caso da República Centro Africana, o apoio da Fran‡a, seja ele direto ou indireto, é determinante tanto na manuten‡Æo dos governos quanto na inser‡Æo do país no Sistema Internacional.

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Dorneles Rosso, Diulia
Graduada em Rela‡äes Internacionais na Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA). Membro do Grupo de Estudos sobre µfrica (GEµfrica) durante o período da gradua‡Æo. Desde 2013 trabalha diretamente com pesquisa sobre as antigas colônias francesas no continente, especialmente regiÆo da µfrica Central. Atua também como docente da língua inglesa.

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