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A sociedade se depara com acontecimentos que sÆo constantemente marginalizados e silenciados. Nesse contexto, a escravidÆo se relaciona com a contemporaneidade sob um caráter paradoxal: enquanto legalmente a escravidÆo é proibida e extinta no ordenamento jurídico brasileiro, a prática de escravizar ainda perdura na clandestinidade. Tais práticas tornam-se ainda mais comuns em momentos de crise, quando os índices de desemprego aumentam e a busca por emprego relega a segundo plano preocupa‡äes sociais e morais. Os resgates de trabalhadores em situa‡Æo análoga à de escravo demonstram que estes indivíduos estÆo invisíveis, marginalizados e encontrados nos mais diversos tipos de produ‡Æo do país. Portanto, deve-se admitir que a escravidÆo contemporânea é uma prática existente e nÆo rara no Brasil. Tal conduta, mesmo que fossem poucos casos, exige por sua gravidade intrínseca o estudo aprofundado, bem como a busca por meios de combate efetivos.

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Amorim Pereira Urba, Flávia Mariza
Advogada, pós graduada em Direito e Processo do Trabalho e Direito Previdenciário pela Ematra IX - Escola da Associa‡Æo dos Magistrados do Trabalho do Paraná, bacharel em Direito pelo Centro Universitário Curitiba - Unicuritiba. Casada com Rafael Urba.

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