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A presente investiga‡Æo se faz com o objetivo de compreender a memória da produ‡Æo de sentidos sobre o sexo nos livros didáticos de 1952 até 2012. A perspectiva de memória se justifica na escolha teórica metodológica pela Análise do Discurso da linha francesa, a partir da qual entendo que o estudo do discurso nÆo prescinde de uma aten‡Æo às formula‡äes anteriores e às respectivas produ‡äes de sentido. Acrescento, à fundamenta‡Æo teórica da pesquisa, o pensamento de Michel Foucault, a partir do qual entendo o sexo como resultante de um dispositivo de poder, produzido para responder a uma urgência. No âmbito escolar, o percurso hegemônico teria determinado que o sexo, no sentido anatômico-fisiológico, figurasse como assunto tratado no contexto do ensino da reprodu‡Æo humana, na disciplina de Ciências, exclusividade que foi contestada pelos autores dos PCNs, documentos publicados em 1997. Este estudo ilumina o fato de que, na década de 1990, surgem novos processos de significa‡Æo em torno do sexo nos livros didáticos de Ciências, quando ele passa a ser associado às emo‡äes, ao mesmo tempo em que o texto pressupäe o adolescente como sujeito do discurso.

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Viana de Barros, Joana
Doutora em Memória Social pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).Professora de Ciências da Prefeitura do Rio de Janeiro.

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