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Em Mo‡ambique, segundo estudo do Instituto Nacional de Saúde publicado em 2009, embora se observe uma tendência à estabiliza‡Æo, a prevalência do HIV/aids na popula‡Æo adulta de 15-49 anos é de 11,5%, sendo superior nas mulheres (13,1%), comparativamente aos homens (9,2%). Outro aspecto da sociedade mo‡ambicana é que a constru‡Æo social do gênero feminino está baseada na submissÆo ao homem, na sua inferioridade e na incapacidade de garantir direitos iguais para ambos os sexos. Esse contexto tem influência sobre as práticas preventivas e sobre a vulnerabilidade de gênero à infec‡Æo pelo HIV. Destaca-se ainda a presen‡a de práticas culturais arraigadas que também exercem influência sobre a preven‡Æo e o tratamento da aids em pessoas já infectadas. A presente pesquisa teve como objetivo analisar a percep‡Æo de pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA) e de profissionais de saúde (PS), da cidade de Maputo, em rela‡Æo à vulnerabilidade de gênero e infec‡Æo pelo HIV, explorando ainda aspectos da cultura tradicional e a pobreza como fatores de vulnerabilidade. O estudo incluiu trinta e três PVHA em três grupos focais e em entrevistas individuais, e quinze PS entrevistados.

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Doutor em Psicologia da Saúde - Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde, pela Universidade de Brasília, Mestre em Saúde Internacional pela Universidade de Copenhagem, Licenciado em Rela‡äes Internacionais e Diplomacia pelo Instituto Superior de Rela‡äes Internacionais de Mo‡ambique, Enfermeiro Geral pelo Instituto de Ciências de Saúde.

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