---

Pensar nos enfermeiros como pessoas doentes, a necessitar de cuidados de outrem revela-se um processo desafiante. Apesar de serem pessoas como quaisquer outras, estÆo habituadas a desempenhar fun‡äes de cuidador ao invés de serem cuidados. A vivência de uma experiência de doen‡a própria pelos enfermeiros, possibilita-lhes a percep‡Æo sobre o que sente e vive o doente, assumindo o papel daquele que espelha o foco de aten‡Æo do desempenho das fun‡äes do enfermeiro e a razÆo de ser da profissÆo de enfermagem. Neste papel revelam-se como os relatores fidedignos da interioriza‡Æo do que significa ser doente e da constata‡Æo do nível de cuidados de saúde prestados. Sendo conhecedores, na primeira pessoa, das angústias, medos, aspectos valorizados e do impacto da experiência vivida de doen‡a, no seu ser pessoa e profissional, conseguem identificar aspectos cruciais na rela‡Æo enfermeiro-doente.

---

Isabel Maria Ribeiro Fernandes - Professora na Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico da Guarda.Doutora em Enfermagem pela Universidade de Lisboa com a participa‡Æo da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa. Mestre em Sociopsicologia da Saúde e Especialista em Enfermagem de Saúde Comunitária.

---