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António José Saraiva - um percurso intelectual e profissional. Assim sendo, e nÆo nos restringindo aos seus lugares de historiador da cultura ou de destacado militante do partido comunista português, pretendemos refletir sobre as dinâmicas do seu pensamento após a rutura com o "marxismo oficial". A década de 1960 afigura-se como um marco histórico, no sentido de estabelecermos um diálogo com as reflexäes e as disposi‡äes teóricas desse período transato, a fim de reconhecermos as devidas continuidades e ruturas do seu pensamento. Consideremos descortinar em Saraiva um conjunto de varia‡äes e de elementos que formulam a suas preocupa‡äes com o imaginário político, em contraste com as visäes estáticas e recorrentes da sua obra. A precipita‡Æo de maio de 68, experienciado presencialmente e retratado pelo próprio em devido opúsculo, materializa, por um lado, um momento de transi‡Æo nas ideias do autor e, por outro lado, constitui o exemplo paradigmático de um escritor sensibilizado pela discussÆo de ideias políticas. No intuito de apreendermos as conce‡äes políticas de um pensador como Saraiva, a problemática da aliena‡Æo assume-se como uma temática prevalente nas suas reflexäes.

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Licenciado em Ciência Política pela Universidade da Beira Interior; Mestre em História Contemporânea pela NOVA FCSH; doutorando em História Contemporânea na mesma institui‡Æo. Investigador Integrado do Instituto de História Contemporânea - Grupo de Investiga‡Æo "Cultura, Identidades e Poder".

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