---

O mundo mudou. O mundo sempre muda. Perpetuum Mobile: expressÆo latina para designar movimento infinito. E nesse novo mundo, a música clássica, erudita, é completamente dispensável. O efeito que Mahler produzia com centenas de músicos pode ser alcan‡ado com um DJ e uma caixa de som. Sorry, it´s over, a música clássica morreu! Os moralistas músicos de conservatório aliados aos burgueses da arte contemporânea dirÆo: "É o fim da Música! A ra‡a humana está cada vez mais estúpida, nÆo há nem modula‡äes na música de mercado!". NÆo passam de copistas, escribas com raiva de Gutenberg. Para que modular? Se fosse preciso, os músicos pop o fariam! Acreditem, eles nÆo sÆo nada estúpidos... Assim, o tema deste livro nÆo é só a morte da música clássica - este tema é velho e a música erudita de concerto só subsiste gra‡as à piedade do Estado! O que também analiso é o discurso de muitos intelectuais que tanto odeiam qualquer manifesta‡Æo musical que dialoga com a sociedade de mercado. Por que eles têm tanto ódio da música pop e exaltam tudo o que é velho: a música clássica, o Jazz? NÆo seria um ressentimento disfar‡ado de crítica musical embasada?

---

Thiago B. A. de Souza (1989) é pesquisador, professor de Música e artista audiovisual. Tem forma‡Æo técnica em Música (Piano e ViolÆo) pela FASCS e bacharelado em Composi‡Æo Musical pela UNESP, onde foi bolsista do CNPq. Atualmente faz mestrado em Artes, também na UNESP, abordando as linguagens musicais e visuais em voga nas grandes mídias.

---