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O encontro da Psicanálise com a Literatura sempre foi marcado pelo fato dos escritores terem uma intimidade com o inconsciente. O uso da escrita criativa norteia e ilustra o desbravamento do campo psicanalítico. Esse encontro de dois terrenos do saber é bem ilustrado pelo neologismo de Lacan: lituraterra. A disserta‡Æo parte do estudo de Lacan sobre a letra e a literatura, para pensar os pontos de encontro entre os dois campos do saber. A escolha da obra de Joyce - Um retrato do artista quando Jovem - se deu pelo desejo apontado nas leituras sobre o objeto a e a voz. No retorno de Joyce para ler Lacan, houve o encontro com uma outra qualidade, que é o som, para pensar a experiência do lugar de leitor e sua ressonância no lugar do analista. A questÆo: o que um analista escuta e o que faz deste lugar produzir uma análise perpassa nas elabora‡äes sobre a letra, a voz e o som. O trabalho aposta que, além das clássicas defini‡äes das forma‡äes do inconsciente, o analista também deve escutar uma musicalidade, que seria propriamente o conceito de lalangue; a jun‡Æo entre o som e a voz.

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Mestre em Psicologia Clínica e Cultura pela Universidade de Brasília (2016). Especialista em teoria e clínica psicanalítica de Freud a Lacan, pelo Programa de Pós gradua‡Æo em Psicologia da PuC-GO em parceria com a Fazenda Freudiana de Goiás (2014). Membro em forma‡Æo em psicanálise pela Fazenda Freudiana de Goiás

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