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Como a filosofia actual se encontra estagnada no vazio, entÆo optei por relan‡á-la com o intuito de destruir o passado, esquecer o presente e trucidar o futuro com algo inovador. A nova filosofia, onde o caótico, a desesperan‡a, o tédio, a miséria existencial, contemplam temas a tocar o infinito, satisfaz sempre o desprazer. A vida é uma mentira contínua, nÆo cumpre qualquer promessa, pois o desejo é indesejável, embora a desesperan‡a me iluda quando a magia da distância desaparece como uma visÆo e, assim, deixo-me seduzir pela morte. A infelicidade do futuro é uma nuvem sombria que me impele para a fluidez da luz, se o presente se escapa de mim ou se transforma em algo incerto. Os preconceitos sensatos e subtis existem nas fantasias prósperas, sulcam as delícias indescritíveis, quando o esfor‡o atormentado nÆo suporta a ausência da dor nem a extin‡Æo do tédio. NÆo fujo ao aborrecimento e, assim, vejo-me na miséria inexistencial, se; e só se, toco na realidade sem elementos capazes de me enlevar para o suicídio metafísico. Resguardo-me da insolvência cataclísmica e nÆo admito, assim, qualquer ênfase vivencial, se me presenciar perante o "Eu" melancólico e em transe psicológico.

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Figueiredo Vasconcelos, Eduardo
Professor do Ensino Secundário

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