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O envelhecimento e as múltiplas comorbilidades juntamente com as altera‡äes respeitantes à farmacocinética e farmacodinâmica condicionam uma maior imprevisibilidade e variedade na resposta aos medicamentos, podendo os idosos ficar mais suscetíveis ao efeito de determinados fármacos. A combina‡Æo de todos estes fatores contribui para um maior risco de intera‡Æo fármaco-fármaco, fármaco-doen‡a e rea‡äes adversas, com consequentes resultados negativos na sua saúde. A polimedica‡Æo é um problema crescente. Apesar de nÆo ser exclusiva da popula‡Æo geriátrica, a polimedica‡Æo no doente idoso apresenta desafios particulares. A escassez de guidelines baseadas na evidência para a popula‡Æo geriátrica, o declínio fisiológico e fragilidade desta popula‡Æo, a coexistência de múltiplas morbilidades, a existência de múltiplos prescritores e o risco acrescido de cascatas de prescri‡Æo condicionam as respostas do idoso aos fármacos e päem em risco a seguran‡a da terapêutica. Esta problemática obriga a repensar a forma como a sociedade está organizada e a desenhar estratégias que permitam um envelhecimento ativo e promovam o bem-estar e a qualidade de vida da popula‡Æo idosa.

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Figueiredo, Isabel Vitória
Isabel Vitória Figueiredo é Farmacêutica. Doutora em Farmácia, especialidade de Farmacologia. Professora da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC). Investigadora do Coimbra Institute for Clinical and Biomedical Research (iCBR)/CNC.IBILI. Consortium da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC).

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