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Compreendendo a loucura como uma constru‡Æo social, ao longo da história ocidental observamos as várias formas utilizadas para segregar aqueles considerados improdutivos e de comportamento desviante, dentre as quais os manicômios sÆo um exemplo significativo. Nesse universo, o Hospital de Neuro-psiquiatria Infantil (HNPI), localizado no estado de Minas Gerais (Brasil), é um arquétipo, cuja materialidade apresenta discursos de poder. Considerando o HNPI como um superartefato, neste trabalho busquei compreender a partir da leitura de sua espacialidade, as estratégias de disciplinamento, controle e cura exercidas sobre as crian‡as ali internadas, muitas das quais sequer sofriam de algum transtorno mental. Experiências possíveis e rea‡Æo por parte das crian‡as também sÆo abordadas, bem como os novos usos exercidos nesse prédio que atualmente comporta o Espa‡o Comum Luiz Estrela.

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BrandÆo, Juliana
Graduada em História pela Universidade Federal do Pará (2012), e mestra em Antropologia, com ênfase em Arqueologia, pela Universidade Federal de Minas Gerais (2015). Foi bolsista PIBIC/CNPq no Museu Paraense Emílio Goeldi, entre os anos de 2010 e 2011. Em 2018, recebeu o Prêmio Luiz Castro Faria, na categoria Artigo Científico.

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