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Este trabalho tem como objetivo aprofundar os estudos sobre um impasse diplomático entre Brasil e Paraguai no decorrer da década de 1960. No período de 1962 a 1966, ambas as na‡äes se desentenderam sobre a soberania de Sete Quedas, na fronteira entre o atual estado de Mato Grosso do Sul e o leste do Paraguai. Isto porque, desde a década de 1950, o Estado brasileiro estava desenvolvendo estudos para saber do potencial hídrico da referida regiÆo. Os paraguaios alegavam que, apesar da assinatura do Tratado de Paz e Limites, em 1872, e do Tratado Complementar de Limites, em 1927, Sete Quedas nÆo estava demarcada e, por este motivo, o Brasil nÆo poderia ter realizado tais estudos. É possível compreender que o desfecho do impasse, ocorrido em junho de 1966 com a assinatura da Ata das Cataratas, foi de fundamental importância para que em 1973 fosse assinado o Tratado de Itaipu entre os dois países. Isto nÆo apenas resultou na constru‡Æo da maior usina hidrelétrica do mundo até entÆo, como é o principal acordo geopolítico brasileiro-paraguaio da história.

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Mestre em História pela Universidade Federal da Grande Dourados. Graduado em História na mesma institui‡Æo. Atuou como docente na disciplina História das Américas no curso de Rela‡äes Internacionais(UFGD). Atualmente é professor de História, Sociologia e Filosofia do SESC/Dourados. Dedica seus estudos sobre a Política Externa do Brasil no Cone Sul.

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