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As mudan‡as estruturais das Cidades modernas que passaram de economias industrializadas a economias terciárias com a transforma‡Æo das suas âncoras escalares, a perda das for‡as motrizes de acumula‡Æo e o intento de encontrar novas formas de produ‡Æo mediante interven‡äes espaciais que transgrediram o planeamento tradicional, encontraram, no espa‡o público um alvo por excelência de reprodu‡Æo capitalista. Assim, fazer cidade, converteu-se num projeto eleitoral, numa forma de legitima‡Æo social dos poderes políticos e num produto e discurso ideológico de controlo social. Nestes moldes e desde diversas latitudes geográficas, projetos urbanos reproduzem-se a diferentes escalas, convergindo neles o aumento das diferen‡as sociais e higieniza‡Æo do espa‡o com o objetivo imediato de atrair novo capital social e económico. Contudo, estas interven‡äes desprovidas dum sentido social, desumanizaram os lugares, convertendo-os em elefantes brancos das cidades acentuando o processo de diferencia‡Æo socio-territorial. A experiência da cidade de Barcelona parece ser um exemplo que seguiu estas diretrizes, sobretudo pela explosÆo do denominado "Modelo Barcelona".

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Arquitecta Paisagista pela Universidade de Évora-Portugal; Mestre em Geografía, área de especializa‡Æo em Estudos Urbanos-Universidade de Lisboa/Universidade de Barcelona; Doutoranda em Urbanismo na Universidade Nacional Autónoma de México, Bolsista do Conselho Nacional de Ciência e Tecnología - Conacyt.

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