---

Este livro explora uma japonesidade, ou uma no‡Æo de ser japonês , entre um grupo de imigrantes nipônicos e seus descendentes, na cidade de Araraquara (SP). Por meio de uma leitura antropológica, a obra revela que esses sujeitos possuíam variadas leituras sobre quem era e como era um japonês . Tal entendimento rompe com ideia de comunidade homogênea e mostra que o interior de um grupo pode ser marcado mais pelas diferen‡as que pelas identidades. A pesquisa revela, ainda, que essa japonesidade necessitava de constantes atualiza‡äes, nÆo sendo um dado pronto ou natural, mas uma no‡Æo produzida por meio da memória, da língua, da reprodu‡Æo das tradi‡äes, dos cuidados familiares e, notadamente, por meio de técnicas de preparo e consumo dos alimentos. No tocante aos cuidados familiares e à comida japonesa, as mulheres eram as principais artesÆs dessa japonesidade. O presente livro destina-se a todos os interessados pela presen‡a japonesa no Brasil e, através de um trabalho etnográfico consistente, chama a aten‡Æo para o fato de que a experiência nipônica produziu fenômenos múltiplos, cuja compreensÆo depende de que pensemos cada japonesidade em seu contexto específico.

---

A autora é doutoranda em Antropologia Social pela Universidade Federal de SÆo Carlos. É mestre em Antropologia Social pela mesma institui‡Æo. Possui gradua‡Æo em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista. E segue pesquisando os fenômenos relativos à presen‡a japonesa no Brasil.

---