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Este trabalho teve por objetivo analisar os usos e as formas de apropria‡Æo de uma biblioteca pública, localizada num bairro do subúrbio da cidade do Rio de Janeiro. A partir da observa‡Æo direta e do trabalho de campo de caráter etnográfico, buscou-se evidenciar a dimensÆo dos conflitos advindos das distintas formas de representa‡Æo e apropria‡Æo de um equipamento público de uso coletivo, num contexto periférico. O espa‡o em questÆo, por localizar-se no limite entre o bairro formal e a favela, se apresentou como um privilegiado locus de observa‡Æo das distintas formas de apropria‡Æo nÆo só do acervo literário disponibilizado como também das distintas práticas de uso do espa‡o e representa‡äes sociais em jogo, sobretudo, a partir das oposi‡äes entre bairro e favela, centro e periferia, público e privado, consumo de classe média e consumo popular, tecnoburocracia e a‡Æo "transbibliotecante" e, sobretudo, o silêncio e a "bagun‡a", que se manifestam em situa‡äes de exclusÆo e conflito, um ponto de observa‡Æo e reflexÆo crítica das rela‡äes sociais ali vivenciadas cotidianamente.

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Formado pela UERJ, onde concluiu Gradua‡Æo em Ciências Sociais (2009), Especializa‡Æo em Educa‡Æo com Aplica‡Æo da Informática (2013) e Mestrado em Educa‡Æo, Cultura e Comunica‡Æo em Periferias Urbanas (2012). Atua‡Æo e interesse nos temas: Educa‡Æo em Periferias Urbanas, Tecnologia e Leitura, Sociologia da Infância e Sociologia da Educa‡Æo.

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