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Vivemos em permanente contato comunicativo, rela‡Æo natural e complexa, de diálogos e virtuálogos. A aproxima‡Æo dialógica é parte essencial de nossa vida mental e em sociedade - fato que Aristóteles já observava - e é um processo sofisticado: junto com conteúdos verdadeiros, falsos ou verossímeis, meios e formas, ela envolve tendências inatas, padräes cognitivos e critérios socialmente internalizados ou aprendidos. Ao se estabelecer, a comunica‡Æo 2.0, o diálogo virtual, redimensionou nossa conexÆo indispensável: a intera‡Æo ´per se´ maximizou-se como o objetivo central, e a rede, o espa‡o de conexäes, tornou-se o local oportuno de iniciar, manter, terminar e redefinir contatos. Antes, tínhamos acesso aos meios, "nossas extensäes", agora estamos neles. A metáfora da nuvem revela o alcance da rede. E esse quadro remete nÆo somente ao uso de linguagens, mas também à atual agenda teórico-científica da linguagem. Há uma intersec‡Æo de fundamentos e métodos em que se visa impactar, assimetricamente, todas as áreas envolvidas. Uma metodologia compatível com esses objetivos passa a ser requerida, e é aqui representada pela proposta da Metateoria das Interfaces, de Jorge Campos da Costa.

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Stéphane Dias é mestre em Letras - Linguística pela PUCRS, doutoranda em Linguística pela PUCRS e Fulbright-Capes Visiting Research Student no Rutgers Center for Cognitive Science (RuCCS), EUA. Atualmente, trabalha em um modelo de racionalidade dialógica e de agência comunicativa, e objetiva a aplica‡Æo do modelo para as áreas de IA e Rela‡äes Internacionais.

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