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Pretendeu-se com este trabalho explicar o papel do capital social na apropria‡Æo de estruturas de oportunidades, ofertadas pelo poder público municipal às famílias pobres, portadoras de grandes vulnerabilidades sociais e moradoras em territórios de pobreza crítica. Foram selecionadas duas localidades do município de Belo Horizonte que sÆo contempladas com a oferta de bens e servi‡os, pelo Programa BH Cidadania de inclusÆo social. O estudo mostrou que o tipo de capital social predominante nessas áreas é o de uniÆo, materializado em redes de capital social homofílicas que sÆo de curto alcance e apresentam redundância de informa‡äes. Tal tipo de capital social se vincula à administra‡Æo das urgências da vida de pobreza, nÆo permitindo a sua supera‡Æo. SÆo as imensas desvantagens e vulnerabilidades sociais acumuladas pelos pobres, as determinantes dos grandes obstáculos á apropria‡Æo de oportunidades necessárias para a supera‡Æo da pobreza. Cabe ao governo e ao setor privado, se se quiser superá-la, além da oferta de oportunidades consistentes e robustas, criarem as condi‡äes para que outras formas de capital (humano, cultural e econômico) possam aportar nas regiäes de pobreza.

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Doutor em Ciências Sociais pela PUC MG, Mestre em Ciência Política pela UFMG, Bacharel em Economia pela UFMG. Professor da Funda‡Æo Pedro Leopoldo e Analista de Políticas Públicas da Prefeitura de Belo Horizonte. µreas de Pesquisa: Desenvolvimento Local e Territorial, Planejamento Urbano, GestÆo Pública e Participa‡Æo Popular.

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