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Atualmente, qualquer sinal de sofrimento psíquico pode ser rotulado como uma psicopatologia cujo tratamento será a prescri‡Æo de psicofármacos. Essa tendência tem-se ampliado de tal modo que é possível perceber a ocorrência de uma generalizada medicaliza‡Æo do social. Neste livro, desenvolvemos dois movimentos de pesquisa para estudar o tema da medicaliza‡Æo e da atual expansÆo da prescri‡Æo de psicofármacos. O primeiro desenvolve um enfoque histórico-social do processo de medicaliza‡Æo, desde a funda‡Æo manicomial do alienismo até a atual ênfase psicofarmacológica da psiquiatria contemporânea. O segundo busca aproximar-se da capilaridade do processo de medicaliza‡Æo por meio do desenvolvimento de um estudo exploratório sobre a prescri‡Æo de psicofármacos no âmbito de um servi‡o de atendimento à saúde mental. O objetivo deste livro é mostrar que a expansÆo do alcance de institui‡äes de atendimento em saúde mental, que reproduzam o modelo médico tradicional, poderá realizar as tendências tÆo pretéritas de expandir o tratamento psiquiátrico para amplos contingentes populacionais que, atualmente, significará a extensÆo da medica‡Æo psicofarmacológica para a popula‡Æo em geral.

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Doutora em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP/Assis). Membro do Grupo de Pesquisa Figuras e Modos de Subjetiva‡Æo no Contemporâneo (CNPq). Coordenadora do Núcleo de Pesquisa Medicaliza‡Æo do Social no Contemporâneo da UNESP/Assis. µreas de atua‡Æo: Psicologia Social e da Saúde, Políticas Públicas, Saúde Mental e Saúde Coletiva.

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