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Na recep‡Æo da Apresenta‡Æo da poesia brasileira, de Manuel Bandeira, procuro averiguar a visÆo de poesia e de na‡Æo que seu autor propäe. Tenho como aporte teórico a proposta de uma história conceitual de David Perkins e os fundamentos da ciência empírica construtivista de Siegfried Schmidt. O texto ganhará significa‡Æo como documento do passado, mas, aqui, o passado será visto como uma constru‡Æo intelectual no presente do historiador, através da qual ele organiza suas experiências mentais e sensoriais em um sistema coerente. A memória, nesse modelo, é gerada com base na autorreferencialidade e permite ao homem atender às necessidades atuais, ou seja, possui um caráter pragmático, e nÆo o de conservar os acontecimentos do passado. Portanto, essa história da poesia é resultado de uma experiência presente e desconhecimento presente de Manuel Bandeira que serve de sintoma de uma época e de um grupo. Nessa perspectiva, ela constrói e nÆo reconstrói conceitos de poesia e na‡Æo para a nossa memória coletiva.

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Doutor em Teoria Literária pela PUC/RS. Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal do Pampa. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em história da literatura, atuando principalmente nos seguintes temas: mitologia grega, narrativa e imaginário.

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