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A partir de estudos contemporâneos a mente pode ser vista como um processo complexo, auto-organizado, construído na evolu‡Æo da espécie e na experiência dos indivíduos. Levados por uma irrefreável busca por permanência e antecipa‡Æo, sobrevivemos classificando o real, criando analogias e representa‡äes, processo que no homem se sofistica, e nos diferencia como seres racionais. A partir de evidências de áreas de estudo diversas, como neurociências, antropologia cognitiva, psicologia, robótica e inteligência artificial, nos questionamos: O que somos? além de memórias e a‡Æo por viver. O que é a razÆo? além de uma narrativa organizada para nossa prática no mundo. Estariam validadas cientificamente ideias concebidas por Nietzsche e Bergson há mais de cem anos? Para além de implica‡äes epistemológicas, tal posi‡Æo de frente a si mesmo traz implica‡äes éticas e existenciais, no sentido de questionar nossa atitude perante o mundo e nós mesmos. NÆo sÆo propostas explica‡äes sobre o mental, mas novas perspectivas, buscando despertar reflexäes decorrentes do olhar que o estudo da mente neste início de século nos proporciona.

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Aliando a forma‡Æo técnico-científica de Doutor em Engenharia (COPPE-UFRJ, 1996) com a atitude crítica-filosófica de Doutor em História das Ciências e Epistemologia (UFRJ, 2011), o autor investiga o cotidiano contemporâneo tecnológico sob a perspectiva de uma filosofia cognitiva. Publica na internet os blogs Defrenteasimesmo e Hiperhumano .

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