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Nos anos setenta o Brasil viveu sob um estado ditatorial, marcado pela persegui‡Æo política às vozes dissonantes e cerceamento as produ‡äes culturais. Muitos artistas nÆo compactuaram com tal regime e responderam estética e politicamente aos impasses da conjuntura, Antunes Filho foi um deles. Em sua trajetória de diretor de teatro ganha destaque Macunaíma, estreado em 1978. A adapta‡Æo da obra literária de Mário de Andrade para os palcos resultou numa pe‡a de linguagem ousada e metafórica, que demarcava a passagem de uma cena ancorada no verbo para uma cena no qual ganhava destaque à visualidade. Por meio do percurso do personagem, tomado como uma representa‡Æo do homem brasileiro e herói de nossa gente, os elementos que definem e fixam a nossa brasilidade foram debatidos. O trabalho de forma‡Æo do ator a partir de um caminho interno próprio, embasado no repertório constituído pelo estudo do homem e da cultura brasileira foi responsável por um dos espetáculos mais originais da cena contemporânea. Este livro trata desse período culturalmente tÆo rico e conturbado da nossa história. Da leitura apreendemos o diálogo entre arte e sociedade, estética e política, história e teatro.

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Professora da Universidade Luterana do Brasil (Campus Itumbiara). Doutora em História Social pela Universidade Federal de Uberlândia. Suas pesquisas têm se voltado para o diálogo entre História e Teatro. É Integrante do Núcleo de Estudos em História Social da Arte e da Cultura NEHAC certificado em 2001 como diretório de Pesquisa do CNPQ.

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