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Remeto-me a minha infância e a parte de minha adolescência, quando no subúrbio ferroviário de Salvador observava as crian‡as, adolescentes e adultos jogando, lutando e se divertindo com a ludicidade da capoeira. E no olhar inocente, percebia que aquela prática se perfazia em trocas de saberes e fazeres traduzidos em gingados, cânticos e golpes entre as rodas cotidianas. Acionei estas memórias ao ler o trabalho de Regiane L. Lopes, um belo registro historiográfico de uma Associa‡Æo Cultural da cidade de SÆo Paulo, que tem como mote a tradi‡Æo da capoeira intervindo socialmente a partir da forma‡Æo de sujeitos multiplicadores: aprendentes que ensinam e mestres que aprendem, (re)formulando técnicas, saberes, didáticas e tradi‡äes pautadas no campo da cultura e das tensäes políticas que as conjunturas apresentam. Uma leitura prazerosa e por vezes emocionante, pois, mesmo no rigor da pesquisa acadêmica, a autora se justapäe entre a historiadora e como parte dos sujeitos partícipes desta história. Um forte exemplo de que subjetividade, afetividade e comprometimento político com o objeto de estudo, podem estar imbricados a pesquisa histórica. Marcelo Rodrigues de Lima. Ms em História.

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É licenciada em História pela Universidade Estadual Paulista - UNESP/Assis, especialista em História, Sociedade e Cultura e Mestra em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de SÆo Paulo - PUC/SP. É professora assistente na cátedra de História do Brasil na Universidade do Estado da Bahia.

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