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O questionamento sobre o lugar do analista é inerente à prática da psicanálise. A clínica impäe àquele que a exerce inquieta‡äes, dificuldades, impasses que precisam ser manejados. A obra freudiana foi percorrida com vistas a elucidar a constitui‡Æo do lugar do analista. Em Freud, localiza-se o início de uma prática e a formula‡Æo de uma técnica que nÆo pode ser definida de maneira positiva. Os fenômenos da transferência e da resistência, isolados por Freud, impäem diversas dificuldades para o manejo do tratamento e, em especial, aquilo que Lacan nomeou a resistência do analista. Os casos freudianos Dora e a Jovem Homossexual explicitam a existência de um ponto cego do analista, ponto este que levou Freud a trope‡ar em ambos os tratamentos. Além disso, a formula‡Æo da segunda tópica, com a no‡Æo de compulsÆo à repeti‡Æo, acarretou novos impasses: dificuldades e entraves que sempre existirÆo. A psicanálise nÆo pode ser exercida sem eles. Contudo, deve haver algo que possa balizar a interven‡Æo do psicanalista. A análise pessoal comparece, pois, como horizonte constitutivo desta pesquisa, como a experiência pela qual o analista, ele mesmo, deverá passar.

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Formada em Psicologia pelo Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestre em Teoria Psicanalítica pelo Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, especialista em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Docente da Universidade Veiga de Almeida.

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