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A cidade de Salvador sempre foi marcada por sua pluralidade cultural, característica de uma metrópole que foi sede do poder político nacional desde a sua funda‡Æo em 1549 até meados do século XVIII, e um dos principais portos de comércio de escravizados, enquanto a escravidÆo vigorou no Brasil. Salvador foi também o local em que a presen‡a africana se deu de forma mais significativa, o que contribuiu para a ressignifica‡Æo de seus diversos elementos culturais para a sociedade brasileira e para a composi‡Æo de uma cultura peculiar na Bahia, com todos os seus contrastes e contradi‡äes. Tais fatos nÆo impediram que os costumes Negros fossem marginalizados pela Justi‡a ou "demonizados" por parte da sociedade, entre o final do século XIX e início do XX.Este livro se propäe a discutir as rela‡äes entre os primeiros códigos de leis republicanos e as práticas culturais majoritariamente Negras, que, diga-se de passagem, também recebiam adesÆo de pessoas de outras tonalidades de pele. Assim, veremos como a Capoeira, o Candomblé, os batuques e a livre circula‡Æo de Negros pela cidade causavam as mais diversas sensa‡äes e rea‡äes na polícia e nos setores mais conservadores da capital baiana.

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É Mestre em História Regional e Local pela Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Ciências Humanas - Campus V, na Linha de Pesquisa "Estudos sobre Trajetórias de Popula‡äes Afro-brasileiras". Possui gradua‡Æo em História pela Universidade do Estado da Bahia (2008).

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