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Este texto é fruto de um trabalho de disserta‡Æo de mestrado. Nele se discute, com base na Análise do Discurso francesa, a renova‡Æo do discurso sobre o Nordeste e a identidade nordestina através do sincretismo cultural presente em algumas letras de música do movimento Tropicalista. O Nordeste que sempre foi visto pela grande mídia e pelo senso comum, como um lugar de atraso social e cultural, tem sua configura‡Æo discursiva modernizada pelos Tropicalistas. O projeto Tropicalista de renova‡Æo da cultura nacional teve como suporte a literatura modernista da Semana de Arte Moderna, a Antropofagia de Oswald de Andrade, a poesia concreta dos irmÆos Augusto de Campos e Haroldo de Campos, as melodias desconcertantes do rock americano, passando pelo cinema italiano e pelo Cinema Novo de Glauber Rocha. Toda essa salada cultural resultou na renova‡Æo da cultura musical nacional, especialmente, do Nordeste, o qual teve a maioria de suas manifesta‡äes culturais copiadas, parodiadas e transformadas em produto moderno e cosmopolita.

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Mestre pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Foi professor substituto da Universidade Federal de Campina Grande entre os anos de 2007 e 2010. Atualmente é professor da Educa‡Æo Básica da Prefeitura Municipal de Sousa. Tem experiência nas áreas de Linguística, Língua Portuguesa e Língua Latina.

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