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O livro trata do fenômeno do grafite e da picha‡Æo como interferências nÆo autorizadas no espa‡o urbano, pelo viés da fenomenologia do olhar. Esse conjunto constitui a grafitecidade , nova plataforma de produ‡Æo de imagem em um espa‡o de a‡Æo. Essas interven‡äes constituem vozes a apontar os conflitos existentes em diversas esferas, no campo político, artístico, ético e poético, da existência contemporânea. A fotografia foi a ferramenta usada no registro das ocupa‡äes transgressoras, e seus deslocamentos, táticas e estratégias de visibilidade, pois territorialidade e pertencimento permeiam a comunica‡Æo imposta pelos construtores da grafitecidade. Em oposi‡Æo, o observador, que percebe a "grafitecidade" pela visÆo travelar , concretiza tudo isso por montagens subjetivas . As conclusäes apontam que essas interven‡äes poderiam até sugerir o anacronismo da visÆo do flâneur, mas seu caráter dialético e a inser‡Æo na paisagem resgatam algo que nÆo se retrata, algo produzido entre o olhar e o mundo.

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José Geraldo de Oliveira é mineiro, natural de Vi‡osa, Minas Gerais, é documentarista, fotógrafo e diretor de vídeo. Graduado em Publicidade e Propaganda pela Unisa e Mestre em Comunica‡Æo Contemporânea pela Cásper Líbero. Atualmente é professor nos cursos de Comunica‡Æo Social e Jogos Digitais do Centro Universitário FIAM-FAAM e FMU em SÆo Paulo.

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