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A elabora‡Æo deste texto surgiu do contato com a realidade vivida pela comunidade de BarÆo de Cocais-MG, onde acontece um fenômeno comum às pequenas cidades dependentes quase que exclusivamente de grandes empresas mineradoras. Nessas comunidades vive-se uma inseguran‡a doméstica que pode ser derivada de problemáticas mundiais. Um problema qualquer que afete a economia da China ou da Rússia, por exemplo, pode gerar desemprego no Gongo Soco, pequena vila de BarÆo de Cocais . Nessas comunidades o número de forasteiros costuma ser maior do que o de nativos, o que provoca certa desconfian‡a entre as pessoas, que já nÆo se reconhecem como conterrâneos. Acontece uma perda de identidade provocada por uma mistura de culturas, sotaques e costumes diferentes e ainda mudan‡as radicais derivadas ora da escassez ora do excesso de recursos.

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Natural de Dores do Indaiá, Minas Gerais, bacharel em Direito e Mestre em Teoria do Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, mestrando em Filosofia pela UFMG, escritor, radialista, poeta e cantor com obras publicadas e gravadas, atualmente é oficial concursado do Tabelionato de Protestos da Comarca de BarÆo de Cocais-MG.

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