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Este texto discute as mudan‡as nas rela‡äes de trabalho na agricultura brasileira que se consolidaram nas últimas décadas e que, em muitas de suas formas, se expressam no esvaziamento das moradias rurais para os trabalhadores nas fazendas de café. Fundamentada em pesquisa de campo em fazendas nos municípios de Guaranésia, Guaxupé, SÆo Pedro da UniÆo, Monte Santo de Minas e Cabo Verde, localizados no extremo sudoeste de Minas Gerias, a pesquisa busca explicitar os determinantes do movimento de trabalhadores rurais do campo para a cidade em busca de moradia. Se, em passado da nossa história, o movimento ocorreu da senzala à colônia, agora ele se fez da colônia à periferia das cidades, porque no campo tudo indica que o trabalhador nÆo pode e nÆo quer morar. A moderniza‡Æo da agricultura e da atividade cafeeira, intensificadas a partir das décadas de 50 e 60 do século passado, criaram as condi‡äes para a generaliza‡Æo do trabalho temporário no campo, permitindo a flexibiliza‡Æo do uso da mÆo de obra com a sazonalidade da produ‡Æo.

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O autor é professor do Instituto Federal de Educa‡Æo, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais-Campus Muzambinho e agricultor familiar produtor de café e apicultor no município de Guaranésia-MG. É mestre em Política Social pela Universidade Federal Fluminense. Tem gradua‡Æo em: Agronomia, Letras, Pedagogia e Ciências Agrícolas.

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