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O binômio saúde-doen‡a preocupa todas as sociedades. As formas de lidar variam social e culturalmente. Ser mÆe é um sonho entre as mulheres, quando falha, setores biomédico e etnomédicos sÆo mobilizados num duplo vinculo. O que significa ser mulher sem a capacidade de gerar filhos? O que esta condi‡Æo representa socialmente e nas rela‡äes de poder? Destas indaga‡äes, a pesquisa nasceu e busca, teoricamente, trazer modelos etiológico-terapêuticos que ajudem a pensar o binômio, a partir da cosmovisÆo africana subjacente na cultura nyungwe. Dá proeminência ao gênero, pois, a densa descri‡Æo deste trabalho, foi possível a partir de entrevistas e diálogos com doutas mulheres na cura de outras mulheres, ajudando-as a realizar o grande sonho. Saúde nÆo é apenas ausência de doen‡a, envolve um bem-estar e uma rela‡Æo harmônica nos planos vertical e horizontal. Abre-se um dialogo entre Antropologia e Teologia no binômio, pois quem busca cura também busca a soteriologia. A falta de harmonia nos dois planos pode gerar doen‡as. Teólogos, Antropólogos e pesquisadores das ciências sociais ávidos em conhecer a doen‡a como metáfora e diversas etiologias poderÆo encontrar inspira‡Æo nesta obra.

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Graduado em Filosofia e Teologia. Mestre em Teologia pela PUC-SP e Doutorando em Antropologia Social pela USP-SP e Bolsista CAPES. Pesquisa Dinâmicas Socioculturais no Vale do Zambeze. Rela‡äes Antropologia, Teologia e Etnomedicina. Literatura africana: a pedagogia das narrativas. Expressäes artísticas africanas na contemporaneidade.

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