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De uma forma generalizada, o envelhecimento vem sendo tratado como um estado classificado de terceira idade ou quarta idade. No entanto, nÆo poderá ser considerado um estado, mas sim um desgaste progressivo e diferencial, afetando a todos os seres vivos. Com o avan‡o da idade, o tempo de permanência e o uso da habita‡Æo tornam-se mais intensos, mas sem, contudo, se privarem do convívio social ao qual estÆo habituados, necessitando, por isso, de ambientes que sejam seguros, possibilitando o exercício do controlo pessoal. As habita‡äes, nos moldes em que tradicionalmente sÆo concebidas, nÆo contemplam as altera‡äes biológicas ocorridas durante o ciclo de vida do ser humano, gerando conflitos na inter-rela‡Æo com o ambiente construído. Torna-se importante ter-se uma visÆo abrangente sobre o envelhecimento que inclui os aspetos biológicos (sono, vigília, saúde); visuais e cinestésico (reconhecimento e interpreta‡Æo do espa‡o e dos seus objetos; movimenta‡Æo no espa‡o); e a perce‡Æo e a psicologia (abordando o significado do lar, serenidade e seguran‡a), sendo que se deve considerar a luz - natural e artificial, para além da rela‡Æo pessoa e o ambiente vivenciado.

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Ana Cristina Lott Daré atua na área de Design de Ambientes há 33 anos. Doutora em Design pela Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa; Mestre em Dire‡Æo de Design pela Universidade Lusíada de Lisboa, Portugal e formada em Design de Ambientes pela Escola de Design da UEMG, Brasil.

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