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A pesquisa revela a rela‡Æo do arquivo fato delituoso de tráfico de drogas com a memória discursiva sobre o tráfico de drogas no Brasil, em produ‡Æo escrita do escrivÆo. A análise que se deu no texto legal deteve-se na discursividade do arquivo, na memória dos enunciados. Ela partiu das seguintes constata‡äes: dados os depoimentos na Delegacia de Polícia pelos jovens flagrados e pelos dois policiais, a enuncia‡Æo da produ‡Æo escrita do escrivÆo construiu o fato do crime de tráfico de maconha sob a ótica da significa‡Æo da memória discursiva, da circula‡Æo social sobre o tema, implicando, desde o início do processo penal, direcionamentos no trajeto de sentidos (traficantes e traficância). Enfim, formula‡äes discursivas constituíram sentidos de criminologia. No entanto, para o sucesso da Defensoria Pública se deu o trabalho pela materialidade da linguagem, pelo linguístico e pelo histórico, inseparáveis no campo do discurso, resultando em amostragem de sujeitos réus determinados por sentidos de inocência. Nas rela‡äes discursivas modernas de defensoria, é o atenuante da vitimologia o percurso de sentido para a absolvi‡Æo das "vítimas da traficância".

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Lucas Nascimento é doutor pela Universidade de SÆo Paulo com estágio pelo Institutionen för Spanska, Portugisiska och Latinamerikastudier - ISPLA, da Stockholm University (Suécia), possui mestrado em Linguística e gradua‡Æo em Letras. É pesquisador sobre políticas de produ‡Æo escrita, escrita na análise do discurso e ensino de leitura e escrita.

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