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Este trabalho teve por objetivo estudar algumas rela‡äes transferenciais estabelecidas por alguns professores de Física, em rela‡Æo à escolha do curso, ao longo da sua trajetória e ao assumirem a Física como profissÆo. Identifiquei que é na gradua‡Æo que as rela‡äes transferenciais se tornam estratégicas, uma vez que o curso de Física apresenta uma baixa terminalidade. A partir daí, algumas questäes surgiram: qual a rela‡Æo transferencial que o aluno estabelece com a Física, quando decide cursá-la? Que rela‡äes transferenciais existem entre professores e alunos? O que leva muitos alunos a abandonarem o curso? Por que há tantas desistências e evasäes? Quais la‡os um físico estabelece com a Física, a ponto de escolhê-la como profissÆo? Direcionei este trabalho àqueles que permaneceram, àqueles que fizeram o curso, tornando-se cientistas e professores. A ideia do trabalho foi apresentar como cada entrevistado teceu a sua história com a Física. Pude perceber que, para que um físico se mantenha na profissÆo, é necessário que ele estabele‡a continuamente la‡os com aquilo que está fazendo e sustente o desejo de ser reconhecido pelos outros.

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Michele Hidemi é graduada em Física e mestrado em Ensino de Ciências e Educa‡Æo Matemática pela Universidade Estadual de Londrina e doutorado em Educa‡Æo pela Universidade de SÆo Paulo. Atualmente é pós-doutoranda pela USP. Suas pesquisas sÆo nas áreas de forma‡Æo de professores de Ciências e atividade investigativa no laboratório de Física.

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