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Muito se diz sobre a mudan‡a de paradigma promovida pela obra Ser e Tempo, do filósofo alemÆo Martin Heidegger, a partir de um desenvolvimento original do método fenomenológico, cuja origem está em Edmund Husserl. A altera‡Æo do método tradicional, envolvendo a inser‡Æo de elementos da hermenêutica, permitiu a Heidegger elaborar uma forma própria de fenomenologia. Este trabalho analisa, sobretudo a partir dos cursos heideggerianos dos anos 20, o desenvolvimento de uma no‡Æo basilar para a compreensÆo desse novo método fenomenológico: a indica‡Æo formal (formale Anzeige), que surge como uma alternativa metodológica para o tratamento do problema da vida fáctica, questÆo que a fenomenologia husserliana parecia nÆo resolver. Através desse tema central, é possível compreender nÆo somente como surgiu o método utilizado no período de Ser e Tempo que aparece nessa obra apenas de modo vago e pouco explicitado , mas também entender de maneira mais completa o próprio desenvolvimento do pensamento heideggeriano.

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Juliana Missaggia possui gradua‡Æo em Filosofia pela UFRGS (2008) e mestrado em Filosofia pela PUCRS (2011). Atualmente é bolsista CNPq de doutorado na PUCRS e realiza estágio doutoral na Albert-Ludwigs-Universität Freiburg como bolsista PDSE. Pesquisa, principalmente, filosofia contemporânea, fenomenologia, hermenêutica e feminismo.

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