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A procura por alívio de sintomas e dores existe desde a Antiguidade, mas a medicaliza‡Æo por fármacos é um fenômeno relativamente recente, assim como o uso indiscriminado de medicamentos por conta própria. A análise teórica, para a composi‡Æo deste trabalho, considerou três dimensäes do problema: econômica expansionismo produtivista característico da globaliza‡Æo, em permanente estímulo ao consumo; política lacunas do Estado como fiscalizador e hegemonia do modelo biomédico; e epistemológica concep‡Æo cartesiana e particionada do corpo humano e da saúde, suprimindo conhecimentos antigos e eficientes de preven‡Æo e cura. Entre as motiva‡äes para a automedica‡Æo observadas, estÆo a busca de alívio rápido do sintoma e a dificuldade de acesso ao servi‡o médico. Constatou-se um processo de ilusÆo da cura na medida em que nÆo é tratada a real causa. A cura da ilusÆo se expressou através da necessidade de implementa‡Æo de medidas de educa‡Æo e de comunica‡Æo, voltadas para a conscientiza‡Æo para preven‡Æo, objetivando qualidade de vida e reformas no sistema altamente especializado e burocratizado da saúde.

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Alexandre J. Appio é Mestre em Ciências Sociais, área de políticas e práticas sociais; especialista em Geografia, lic. em Estudos Sociais. Professor de humanas; assistente em saúde na Ass. Farmacêutica do RS. Palestrante e autor na área da Educa‡Æo e forma‡Æo continuada. Atua em pesquisas na área de medicaliza‡Æo, consumo e qualidade de vida.

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