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"Transbordamentos" explora a dinâmica dos jogos plásticos nas artes e suas opera‡äes enquanto "máquinas de visÆo" - dispositivos através dos quais aprendizados se desenvolvem enquanto promovem processos de invisibiliza‡Æo. Entre negocia‡äes dos "modos de ver" se instaura a institui‡Æo do estatuto coletivo do visível. Fatores sociais, tecnológicos, econômicos e políticos se imbricam nessas negocia‡äes, implicando na expansÆo dos processos de produ‡Æo e reprodu‡Æo de imagens que culminam na constitui‡Æo dos "campos cegos" na cultura visual - áreas abarrotadas de visibilidades ofuscantes. A arte, ciente de ser elemento ativo na constitui‡Æo dos limites da visÆo, responde a esse panorama com a‡äes de transbordamento e alargamento desses limites. Adota os "campos cegos" como base para práticas reflexivas. Direciona-se para a identifica‡Æo de um estatuto do invisível como parte da constitui‡Æo do próprio estatuto do visível na proposi‡Æo de experiências sensíveis a partir de diálogos com a invisibilidade. Algumas dessas experiências sÆo analisadas nesta disserta‡Æo que reconhece nelas elementos para um mapear dos "campos cegos" e para uma discussÆo ampliada da visÆo.

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Doutoranda no Programa de Pós-Gradua‡Æo em Artes (PPGARTES) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Mestre também pelo PPGARTES. Foi docente do Instituto de Artes da UERJ de 2009 a 2013. Atualmente é professora do Colégio Pedro II, membro do coletivo de arte O Círculo e do grupo de pesquisa CNPQ Observatório de Comunica‡Æo Estética.

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