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Esta pesquisa investiga o estatuto do Nome-do-Pai presente no postulado de Jacques Lacan "todo mundo é louco, ou seja, delirante" e suas implica‡äes na clínica orientada pela tese do delírio generalizado, proposta por Miller. O estudo desenvolve-se a partir da pesquisa teórica da obra de Lacan e de autores que contribuíram para o esclarecimento do tema. Parte-se do pressuposto de que Lacan, ao constatar a insuficiência do Nome-do-Pai na regula‡Æo dos modos de gozo, avan‡a em dire‡Æo a novas formaliza‡äes que culminaram na clínica do universal delirante. Dizer que todos deliram nÆo significa a ausência do conceito de Nome-do-Pai ou ainda a universaliza‡Æo da psicose na segunda clínica lacaniana, mas refere-se à existência de uma loucura própria à constitui‡Æo subjetiva, decorrente dos efeitos da nÆo rela‡Æo sexual. Verifica-se que a tese do delírio generalizado encontra-se sustentada no impossível da rela‡Æo sexual para os seres falantes, mediante a qual o falasser recorre às versäes de saber do pai para se orientar frente ao traumático do Real, o que implica em uma compreensÆo do delírio generalizado enquanto efeito de linguagem.

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Mestre em Psicologia pela PUC/MG, Especialista em Teoria Psicanalítica pela UFMG e em Psicologia Hospitalar pelo CFP. Psicóloga da Santa Casa de Belo Horizonte (Especialidades Cirúrgicas, Transplantes e CIHDOTT). Atua nas seguintes áreas: consultório particular, centros e unidades de saúde, servi‡os de saúde mental e docência de ensino superior.

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