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Parte da obra de Hilda Hilst, poeta, ficcionista e dramaturga, considerada por parte da crítica "escritora maldita", é aqui analisada com desenvoltura. O objetivo essencial do trabalho é mostrar que o obsceno, em Hilda, desloca-se do campo pejorativo e nÆo remete apenas à fase dita "pornográfica", mas percorre toda a sua obra. Insere-se, nessa análise, a investiga‡Æo de uma escritura em feminino que desarticula o discurso patriarcal, de uma linguagem transgressora que quebra os padräes pré-estabelecidos, confronta-se com a parte reprimida da vida e se move para "capturar o incapturável", na busca infinita e na incompletude de um gozo a mais, o da própria arte poética.

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Sonia Maria Coquillard Ayres Homena nasceu no Rio de Janeiro. É professora de Língua Portuguesa e Literatura do Colégio Pedro II. Formada em Letras (Português-Francês)pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), concluiu pela UFF (Universidade Federal Fluminense) Mestrado sobre a obra da poeta, dramaturga e ficcionista Hilda Hilst.

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