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O grande objetivo desta obra é convidar o leitor a fazer uma breve viagem até o século XIX na cidade de Porto Alegre (RS). Tanto nesta cidade como em outras capitais brasileiras da mesma época, era possível perceber a diversidade de no‡äes que a sociedade tinha sobre os cuidados com os corpos e com o ambiente. Neste contexto, uma infinidade de propagandas, almanaques e medicamentos se tornavam muito conhecidos e populares. O consumo de produtos nacionais e estrangeiros e a automedica‡Æo aumentavam a cada nova manipula‡Æo farmacêutica. Este processo histórico foi muito comum devido a facilidade de entrada de produtos e suas credibilidades chegarem em território nacional logo após a Abertura dos Portos (1808). Paralelamente a esses fatos, nÆo era incomum outros tipos de práticas de cura. Atuantes na sociedade se encontravam as parteiras, os cirurgiäes barbeiros, os sangradores, os feiticeiros, as benzedeiras, médicos formados entre tantos outros. Todos estes personagens, somados as escolhas de medica‡Æo e processos de cura, nos evidenciam o quanto esta sociedade, de um passado tÆo recente, era diversificada cultural e intelectualmente.

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Daiane Brum Bitencourt é Historiadora e Arqueóloga. Possui forma‡Æo pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da PUCRS (2008). Mestrado em História (2011) e em 2013 iniciou o Doutorado com ênfase em Arqueologia pela mesma institui‡Æo. Suas temáticas de pesquisa sÆo a História do Brasil, Arqueologia Histórica (século XIX), História das doen‡as e práticas de cura.

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