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Nietzsche era um pensador capaz de dizer verdades através de metáforas e símbolos. Nele, uma questÆo chama a aten‡Æo: como chegou ao tipo nobre e como alcan‡ou as condi‡äes de possibilidade da transvalora‡Æo dos valores vigentes? Por certo utilizou a metáfora e a própria transvalora‡Æo para chegar aos valores nobres, supondo que fosse o elo entre o super-homem e o tipo nobre. O conceito super-homem deveria ser o carro-chefe para a tarefa da transvalora‡Æo, mas Nietzsche teve dificuldades na cria‡Æo da respectiva moral e torná-la efetiva, todavia, o conceito super-homem serviu como lente teórica para tornar visível o tipo nobre. Ele percebeu que o super-homem nÆo poderia ser comparado com outros tipos de homem como o homem superior, o filósofo do futuro, os novos filósofos, o espírito livre, porque estes têm fun‡äes distintas daquele, embora todas estas caraterísticas possam estar presentes no super-homem, no homem comum elas nÆo estÆo. Os novos filósofos terÆo como ferramenta valores nobres para a forma‡Æo de um novo tipo de homem: o tipo nobre, ou seja, o super-homem visto através de uma lente de aumento. Enfim é melhor ler o livro do que falar sobre ele.

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Daltro Lucena Ulguim é Doutor, Mestre e Especialista em Ciência da Educa‡Æo pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Também tem Mestrado e Especializa‡Æo em Filosofia pela mesma universidade. É Especialista em Metodologia de Ensino e Graduado em Direito pela PUCRS-POA e graduado em Psicologia UCPEL-Pelotas.

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