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Essa publica‡Æo parte da interface entre a psicanálise e o Direito penal, desde Freud, buscando atualizar, nos dias de hoje, a contribui‡Æo dos psicanalistas à criminologia, tal como propôs Lacan, nos anos 1950. A teoria freudiana foi estabelecida num mundo onde operava a cren‡a na lei para inscrever e limitar a violência e a agressividade. Lacan, por sua vez, anunciou que o declínio desse assentimento teria consequências para a responsabilidade subjetiva. Seguindo a orienta‡Æo de Jacques-Alain Miller, investigamos, na pesquisa de doutorado em Teoria Psicanalítica da UFRJ, como esse declínio se manifesta atualmente, favorecendo atua‡äes violentas que escapam da lógica do crime e puni‡Æo. Sem recursos para tratar o excesso pulsional, encontramos sujeitos expostos à repeti‡Æo de atua‡äes violentas e agressivas. Tal configura‡Æo conduz à pluraliza‡Æo dos modos de se responsabilizar e, nesse contexto, a psicanálise pode contribuir. Esse trabalho nÆo seria possível sem a orienta‡Æo da prof. Dra. Tânia Coelho dos Santos que, com sua transmissÆo rigorosa da psicanálise, cuidou para que o tema inicial de investiga‡Æo teórica e clínica pudesse ser desenvolvido.

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Doutorado em Teoria Psicanalítica pela UFRJ, com estágio "sanduíche" na Universidade Paris 8, Fran‡a, com o prof. Dr. Serge Cottet, por meio de bolsa PDEE da Capes / CNPQ. Pós doutorado em Educa‡Æo pela UFMG. Professora da PUC Minas, atuando na psicologia e direito. Membro da Escola Brasileira de Psicanálise e da Associa‡Æo Mundial de Psicanálise.

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