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Análise do processo da forma‡Æo de resiliência entre três gera‡äes de mulheres negras a partir da vida periodizada acaba por estabelecer rela‡äes entre as diferentes faixas etárias, articulando uma dimensÆo importante para a compreensÆo das formas de resistência, forma‡Æo da auto-estima, pertencimento familiar e étnico. A metodologia utilizada foi composta de entrevistas, questionários e observa‡Æo participante sobre as diferentes gera‡äes de mulheres negras (no caso avós, mÆes e filhas) moradoras da cidade de Diadema. Como resultado das análises realizadas e, além do aprofundamento dos conhecimentos sobre as temáticas envolvendo gera‡äes, protagonismo negro, políticas públicas (principalmente na Educa‡Æo), família e memórias, a análise permitiu concluir que as famílias passam por um processo de reinven‡Æo em que as gera‡äes femininas assumem seu papel de protagonistas das próprias vidas. SÆo elas a maioria no mercado de trabalho formal e informal, que articulam a queda da fecundidade, que possuem a maior expectativa de vida (mesmo com a dupla e/ou tripla jornada de trabalho) e que na questÆo da escolaridade, estÆo superando os homens negros. Mudando o universo feminino negro.

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Juliana de Souza Ramos é Antropóloga, Mestre em Ciências Sociais pela PUCSP. Pesquisadora do Núcleo de Estudos "Rela‡äes Raciais: Memória, Imaginário e Identidade" do Programa de Pós-Gradua‡Æo em Ciências Sociais da PUCSP. Especialista em História e licenciada em Filosofia e Ciências Sociais. Professora de História, Sociologia e Filosofia.

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