---

As observa‡äes indicam que o universo tem curvatura espacial nula, expande aceleradamente, e é composto por cerca de 30% de matéria (bárions + matéria escura) e 70% de energia escura, uma componente relativística de pressÆo negativa. No entanto, para explicar a riqueza de estruturas observadas na escala de galáxias e aglomerados de galáxias, é necessário considerar a evolu‡Æo de pequenas perturba‡äes de densidade sob a‡Æo da gravidade; esse processo de forma‡Æo de estruturas foi pioneiramente descrito por Press e Schechter (PS) em 1974, através da fun‡Æo de massa dos aglomerados de galáxias. O formalismo PS pressupäe uma distribui‡Æo gaussiana para o campo primordial das perturba‡äes de densidade. Além de um sério problema de normaliza‡Æo, tal abordagem nÆo explica os atuais dados de raios-X dos aglomerados, e está em desacordo com as modernas simula‡äes computacionais e indícios observacionais de uma nÆo-gaussianidade primordial na Radia‡Æo Cósmica de Fundo. Iniciamos entÆo um vasto estudo teórico de forma‡Æo de estruturas, a partir de um campo primordial nÆo-gaussiano, e mostramos que a nÆo-gaussianidade proporciona melhores ajustes às observa‡äes do Universo.

---

Prof. Dr. de Física da UFRN, Escola de Ciências e Tecnologia. Post-doc no IAG-USP (2008-2009). Doutorado em Física-Cosmologia pela UFRN (2007). Especializa‡Æo em Cosmologia Computacional no Institut d´Astrophysique de Paris (IAP - Fran‡a 2001-2002). Mestrado em Física-Astrofísica (1999). Gradua‡Æo em Física-Bacharelado (1997) pela UFRN e UFRJ.

---