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Frequentemente se misturam os termos Universidade e Ensino Superior. Em Portugal, o sistema de ensino superior é binário, e universidades e politécnicos têm tra‡ado percursos bastante distintos. No entanto, algumas políticas educativas acabaram por produzir uma convergência de sentidos entre os dois subsistemas de ensino: se nÆo na sua lógica e na sua missÆo - porque traduzem objetivos de forma‡Æo diferentes -, ela ocorreu nos movimentos de oferta e procura de forma‡Æo, que se podem constituir como um indicador de uma mudan‡a das representa‡äes sociais e dos modelos culturais, em torno do ensino superior e, em particular, do subsistema politécnico (aquele que mais altera‡äes registou). Por seu lado, o Processo de Bolonha abriu (ou legitimou) às institui‡äes de ensino politécnico novos campos de a‡Æo, que se podem traduzir na constru‡Æo de uma identidade própria. No início do novo milênio, como olham as unidades de ensino politécnico para o seu próprio percurso e para o tipo de ensino que representam? Com esta reflexÆo, procuramos contribuir para um enriquecimento da leitura (e literatura) em torno do ensino superior e, em especial, do ensino politécnico em Portugal.

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Socióloga de forma‡Æo, Cláudia Urbano tem participado em diversos projetos de investiga‡Æo, na área da Sociologia da Educa‡Æo, sobre o ensino superior. Nos últimos anos adotou o ensino politécnico/nÆo-universitário como objeto central de análise. Para além de investigadora do CICS.NOVA-FCSH/UNL, é também docente do ensino superior.

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