---

A reflexÆo presente nesse livro refere-se essencialmente a busca de resposta de como oferecer oportunidades de mobilidade social e conserva‡Æo de recursos naturais em espa‡os marcados por desigualdades históricas extremas. A garantia dessa mobilidade , segundo o autor, dá-se primeiramente pela altera‡Æo de cren‡as e valores dispostos na matriz de oportunidades configuradas do espa‡o. Migrar de uma mentalidade utilitarista e centrada em variáveis estritamente econômicas para um modelo de interpreta‡Æo da realidade que traduza os reais níveis de priva‡Æo humana é o segundo passo necessário. A redistribui‡Æo de renda nÆo seria nesse sentido, suficiente por si mesma de garantir tal mobilidade. Ofertar oportunidades de acesso aos mecanismos de poder no espa‡o deve também guiar a a‡Æo Estatal, também permeada da lógica conservadora no combate a priva‡Æo humana. Utilizar o conceito de território para nortear a‡äes prescindindo do seu atributo que é o poder, parece deslocar tais a‡äes para o campo da operacionaliza‡Æo meramente. Verificar a evolu‡Æo dos níveis de poder por parte de um grupo social importa por ser esse atributo, o do poder, que efetivamente parece emancipar os sujeitos.

---

Professor da Universidade Federal de Alagoas. Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte e doutorando pelo programa de pós-gradua‡Æo em Geografia da Universidade Federal de Pernambuco. Co-autor também de outro título: Nova gestÆo pública, nova gestÆo rural publicado pela EDUFRN.

---