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No Brasil a maioria das águas residuárias é lan‡ada em corpos d´água receptores, causando a eutrofiza‡Æo devido ao excesso de nitrogênio e fósforo nÆo removidos pelo processo de tratamento. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, publicados no Atlas de Saneamento de 2011 evidenciam essa situa‡Æo, onde se destaca positivamente a RegiÆo Sudeste que apresenta um alto percentual de esgoto coletado (95,1%) seguida da Nordeste (45,6%), Sul (39,7%) e Centro-Oeste (28,3%). O mesmo relatório levanta uma taxa de tratamento do esgoto coletado superior a 70% na maioria dos estados brasileiros. Porém, os estados do Rio Grande do Sul, Acre, Amazonas, Alagoas e Minas Gerais apresentam uma taxa inferior a 50% de tratamento do esgoto coletado. Considerando que os investimentos em saneamento tendem a aumentar nos próximos anos, a deposi‡Æo do esgoto tratado nos mananciais hídricos deve crescer. Nessa perspectiva, o aproveitamento agrícola das águas residuárias oriundas do esgoto tratado deve ser levada em considera‡Æo quando se busca a sustentabilidade ambiental e a racionaliza‡Æo dos recursos hídricos.

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Professor Adjunto da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) - Campus Alegrete. Possui gradua‡Æo em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Pelotas (1990), mestrado em Engenharia de Produ‡Æo (1999) Doutorado em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (2013) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

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