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No processo de constru‡Æo dramática desenvolvido por Pina Bausch, o performer orienta sua expressÆo pelo aproveitamento de sua própria experiência corporal. Uma constru‡Æo intrigante de uma cria‡Æo que nÆo parte de um libreto preestabelecido ou de um texto escrito, mas sim da matéria viva e pulsante de corpos. A dramaturgia nascente coloca uma evidência: a dan‡a é o movimento do corpo entregue ao seu mistério. Fazer advir essa linguagem interior, comum a todos e desconhecida de cada um, é a aposta paradoxal dessa nova dramaturgia, fundada na significa‡Æo do movimento, que produz narra‡äes que se superpäem. O jogo teatral de Bausch se constrói através de uma gramática que enuncia uma frase com o corpo de um ser já existente antes da cena como realidade vital. Jogando sobre o potencial histórico-dinâmico do corpo, os temas se declinam e o Tanztheater descobre uma via de atualiza‡Æo para o corpo tornado frase-movimento que desenrola seu texto como uma caligrafia. Um estranho texto feito de sangue, for‡as e memória. Uma opera‡Æo de hibridiza‡Æo de códigos que apresenta, como produto final, uma dramaturgia corporal específica, escrita com uma nova sintaxe corporal.

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Bailarina e diretora teatral, Profa. da Universidade Federal de Vi‡osa, Doutora em Teatro, consultora CAPES e Avaliadora INEP-MEC. Atuou como Bailarina no Balé da Cidade de SP por 20 anos: prêmios Governador do Estado de SP e APCA/SP. Líder do grupo CNPq Estudos Integrados em Dan‡a, Teatro, Dan‡a-Teatro, membro do International Dance Council.

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