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Ao longo de vinte e nove anos de prática profissional na área de assistência à mulher, percebi muitas divergências entre médicos e enfermeiras durante o acompanhamento das parturientes. As discordâncias se estabeleciam porque o campo obstétrico é hierarquizado, e, no movimento de ocupa‡Æo de espa‡os, os profissionais lutam para impor suas visäes de mundo e suas habilidades na prática . Esses embates configuram a luta simbólica, a qual os agentes, de acordo com o capital de que dispäem, tentam manter ou melhorar suas posi‡äes no campo. Desde 2004, ocupo o cargo de diretora da primeira Casa de Parto do Município do Rio de Janeiro, denominada Casa de Parto David Capistrano Filho a qual diferencia-se de outros porque é um campo obstétrico no qual enfermeiras obstétricas conquistaram a exclusividade para atuar na assistência à gesta‡Æo, ao parto e ao pós-parto. Por ter autonomia e uma lógica incentivadora de um trabalho de parto ativo e participativo. Pode ser considerada uma estratégia dos defensores do modelo humanizado na luta pela mudan‡a do modelo na assistência obstétrica no Rio de Janeiro e no Brasil.

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Formada pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro em Enfermagem. Especialista em Enfermagem Obstétrica pela UERJ. Mestre em Enfermagem pela UERJ. Diretora da Casa de Parto David Capistrano Filho- SMS/RJ desde 2004. Participou do Treinamento no JapÆo sobre Casas de Parto, acordo de coopera‡Æo técnica: JICA/BRASIL(2003).

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