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Esta obra tenta enxergar na literatura de Honorè de Balzac a complexa rela‡Æo autor, mundo, leitor, estilo, história, e valor, como partes inseparáveis do todo ficcional, como nos propäem Antoine Compagnon, em O demônio da teoria. Os volumes XIII e XIV de A Comédia Humana, que inclui os romances O médico rural (originalmente, Le médecin de campagne), O cura da aldeia (Le curé de village) e Os camponeses (Les paysans), foram escritos e originalmente publicados nas décadas de 1830 e 1840: nos anos de 1833, 1839 e 1845, respectivamente. A partir deles, e toda uma historiografia, podemos melhor compreender a for‡a e os limites do realismo balzaquiano. A Fran‡a pós-revolucionária quer se entender e ser uma na‡Æo. No afÆ de atender essa demanda o autor da Comédia Humana representa a cultura camponesa numa fic‡Æo sucedida por inúmeros escritos históricos que a corroboram, sem abrir mÆo, todavia, de deixar algumas de suas posi‡äes suas pessoais (ideologias, no sentido bakhtiniano) bem grafadas: a ideia de que o catolicismo e um mínimo de letramento era essencial para os camponeses franceses estÆo bem definidos na obra de Balzac.

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Mestre em História Cultural pela Universidade Federal de Goiás com a pesquisa intitulada A Representa‡Æo da Cultura Camponesa nos Volumes XIII e XIV da Comédia Humana, de Honorè de Balzac. Também já desenvolveu pesquisas no campo da História da Morte, se voltando para o Cemitério Santana da cidade de Inhumas, onde lecionou na Faculdade FACMAIS.

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