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Em 1711 foi publicada a obra "Cultura e Opulência do Brasil por suas drogas e minas" do jesuíta JoÆo Antônio Andreoni (1649-1716). Essa obra foi composta entre 1693 a 1709 e dirigia-se aos senhores de engenho, lavradores do tabaco e aos mineiros da América Portuguesa. A obra tratou das principais atividades econômicas da colônia: o a‡úcar, o tabaco, as minas, a pecuária e outros contratos reais. Andreoni valorizou em seu livro o papel da agricultura (a‡úcar e tabaco) em detrimento das descobertas das minas no século XVIII. O discurso do jesuíta representou os interesses da elite colonial sustentada e legitimada socialmente pelas lavouras do a‡úcar e do tabaco. Esse grupo poderia ser prejudicado na visÆo de Andreoni pela descoberta das minas. Teria sido Andreoni um homem a frente de seu tempo que notava que os interesses ligados ao econômico faziam mais sentido do que as questäes propriamente religiosas? NÆo. Andreoni foi um homem inserido em uma gama de rela‡äes sociais constituída por religiosos e autoridades régias. Ele percebeu algumas mudan‡as no jogo político da colônia e buscou harmonizá-las segundo sua concep‡Æo de mundo onde a razÆo divina regia o corpo político colonial.

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Bruna Rodrigues dos Santos é licenciada e mestre em História pela UFRRJ. A autora defendeu sua disserta‡Æo em junho de 2015 tendo como objetivo investigar a obra do jesuíta JoÆo Antônio Andreoni: "Cultura e Opulência do Brasil por suas drogas e minas", escrita no início do século XVIII na América Portuguesa.

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